quarta-feira, 15 de outubro de 2008

DOIS DIAS, DUAS BÊNÇÃOS

A conteceu algo inusitado comigo, dias desses. Depois do trabalho, à noite, peguei o ônibus e fui pra casa. Durante o trajeto eu tirei o celular do bolso e fiquei mexendo nele não sei em quê. Comecei a ler uma revista (sempre leio algo no ônibus), e me distraí. Fiquei entretido com a revista e esqueci o celular nesse ínterim. Estava então perto de minha parada. Antes de descer percebi que entrou a irmã de uma amiga minha, que canta no coro que eu canto também. Entrou, sentou, e eu fui embora
Quando eu chego em casa e procuro o celular, tenho um susto medonho: não estava no meu bolso, como de costume. Após procurar com diligência, admiti que o esqueci no veículo. Pôxa, quanta preocupação! Fiquei me lamentando e “bendizendo” o cara, que, pensei eu, havia pegado meu celular sem eu ver. Vi apenas uma pessoa pelo canto do olho, que havia vindo lá de trás, se abaixado e pegado algo, só isso. Não vi o que ela pegou nem quem era. Achei então que foi o meu celular. Quanta coisa disse dessa pessoa! Como é que alguém vê um celular caindo do bolso de alguém e não entrega a ele!, disse eu. Que absurdo! Que ladrão!, e coisas desse tipo, fui dizendo à minha esposa, me referindo a essa pessoa que pensei ter pegado o celular. Ela disse que “não ligasse para isso, Deus nos daria algo melhor, quem sabe, um com câmara, que tanto nós queremos, para tirarmos fotos de nossa linda filha, Glória”.
Ainda tentei telefonar para anular a linha, para que não ficassem com esse mesmo número, mas a burocracia da Claro não deixou. Fiquei “invocado”. A pessoa lá do outro lado só faltava pedir a foto de minha alma, de tanto detalhes que queria. Terminei desistindo disso. Pois bem, ainda não sabia que havia uma surpresa para mim.
No outro dia de manhã, minha cunhada disse que alguém ligou para ela, querendo falar comigo. Falou que era sobre um celular. Fiquei radiante! Essa amiga minha falou que a sua irmã estava no ônibus e o achou. Olhando os telefones, viu que tinha telefones de pessoas do coral onde canto, um juvenil. A irmã dessa minha amiga (bendita seja ela!) levou o celular e deixou com ela. Fui lá buscar. Que bênção!É incrível o quanto Deus cuida de nós. Eu não poderia comprar um nem tão cedo. Agradeci muito a ela e fui embora fazer umas compras.
À noite fui ao ensaio do coro. Correu tudo bem, aquela maravilha. Após o ensaio cheguei no lugar que moro e fiquei um tempinho na pracinha de lá. Estava tudo muito calmo, o vento numa brisa desejável, estava curtindo tudo numa boa. De repente aquela correria. Ouve-se uns tiros, vindos de um bar próximo da pracinha. Todo mundo correndo. Como eu não sou de aço, corri também. Na correria, pus minha carteira mal colocada no bolso. Ela terminou caindo e alguém pegou, com certeza, não sei quem foi. Nem quero saber. O importante é que alguém deixou com um parente de Kátia– esse é o nome de minha benfeitora. Imaginando que alguém tenha deixado lá na lanchonete de Baixinho, fui lá esperançoso. Estava lá mesmo. E quem veio me entregar a carteira? Ela mesma, Kátia. Duas vezes! Parecia coisa de novela. De novo ela salvou a pátria. Graças a Deus por isso. Fiquei muito grato a ela. Me livrei de passar um tempo sem documentos. Iria ser muito prejudicial a mim. Essa Kátia é dose! A irmã também.Se não foi por elas -Deus nem se fala- estaria sem meu celular. Obrigado às duas.
Duas bênçãos em dois dias. Fiquei muito grato a Deus por isso. “Deus cuida de mim, nas sombras de suas asas.Deus cuida de mim, eu amos a Sua casa”, canta Kleber Lucas. E cuidou bem mesmo. Glória a Ele por isso. Amém.

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