quarta-feira, 17 de novembro de 2010

OS TRÊS VALENTES

  Desde que foram para o campo missionário, os irmãos Gilberto Diniz, Hélio Ribeiro, e Waldemir Farias, deixaram muita saudade. Dois deles foram para a Argentina o pseudo país Europeu. A luta que eles enfrentam é a mesma dos missionários em todo o mundo: o embate do Reino de Deus contra o Reino de Satanás. É preciso muita coragem para ir ao campo missionário. E amor a Deus e à humanidade.

Os mais carismáticos dos três é Waldemir Farias, um dos maiores pregadores de Pernambuco, entendido na Palavra e com uma voz que não faria feio como locutor. Se trabalhasse como radialista somente, seria competente. Fiquei impressionado no dia que o vi falando sobre o capítulo um de Ezequiel, coisa que os irmãos geralmente não pregam, ou por ignorância mesmo ou então por que não têm coragem. Há muitas coisas nesse livro que, se pregado, deixaria a igreja com o cabelo em pé, como os capítulos 22 e o 16. Mas ele pregou no capítulo primeiro sobre uma das mais complexas e lindas teofanias de Deus. IAVÉ aparece numa visão tremenda a Ezequiel. Coisa maravilhosa. Com capacidade dada por Deus, esse evangelista falou uma mensagem tremenda. Não se aprofundou muito no tema, pois alguns irmãos não compreenderiam. Creio que foi esse o motivo dele. Uma vez ele pregou no Templo Central (pregava muito por lá), causando muita emoção na mocidade– foi no Congresso –, pois o mesmo sempre prega uma mensagem ungida por Deus. Gostava muito, e gosto, de escutá-lo predicar. Deus o usa muito. Graças seja dada a Ele.

Outro que impressiona muito é Hélio Ribeiro, conhecedor da Palavra, a quem o pastor chamou de “meu braço direito.” Foi com relutância que o pastor presidente deixou que ele fosse para a África do Sul.  “Se dependesse de mim ele não iria irmãos”, disse o pastor Aílton. Mas ele foi e fez um trabalho maravilhoso por lá. Uma coisa que ficou marcada para sempre em mim foi o Simpósio da Família dirigido por ele. Ensinou maravilhosamente bem. Foi no Córrego do Botijão. Esclareceu muitas dúvidas dos irmãos. Até coisas corriqueiras, que os irmãos, por causa do exagero de alguns costumes, ignoravam. Um pouco ortodoxo, mas pregou dentro da Bíblia. Aprendi muitas coisas com ele. Por ser ortodoxo foi que ele ensinou bem. Graças a Deus pela vida desse servo d’Ele. Emociona todo mundo quando conta a experiência dele, o “treinamento” de Deus na sua vida. Passou por uma prova terrível. Sofreu muito até que ele ficasse “no ponto” de Deus. Até hoje os irmãos do Botijão choram a ausência dele. Ele e Waldemir Farias fizeram uma falta lancinante. Certa vez, fiz uma poesia falando da África, denominada “Conquistando A África do Sul. Mandei para ele, mas até hoje não sei se recebeu, pois não obtive resposta alguma. Mandei também para pastor Aílton.  Ele é músico e pastor. Bela combinação. Toca um violão muito bem. Conhece bem as notas, tem um bom ouvido. Tem dois filhos e uma mulher inteligente, e fiel a Deus. Certa vez, quando ele estava assumindo a igreja do Botijão, procurei saber se ele poderia me ajudar a pegar livros no Templo Central. Infelizmente, não tive a chance. Fiquei sem livros. Ele então me presenteou com um Novo Testamento Trilíngue. Aprendi muito com esse Novo Testamento. Grego, inglês e português. Fiquei sabendo, depois, que ele passou pelo mesmo problema que eu: a dificuldade em ter livros para estudar. Ficou emocionado, penso. Escrevi para ele algumas vezes, quando já estava no campo. Devido aos afazeres na época,creio não  respondeu. Que Deus continue abençoando Seu servo. O último, Gilberto Diniz, também é muito eloqüente. Meu irmão, desviado há mais de vinte anos, gostou muito de escutar e vê-lo pregar na Sete de Setembro. Disse que fez lembrar o irmão de Eliezer Rosa, o que morreu no acidente na Serra das Russas, a caminho de Caruaru. Disse meu irmão que esse parente de Eliezer foi um pregador excelente. Eu nunca o conheci. Gostaria de ter a experiência de vê-lo pregar sobre algum versículo do livro de Cantares, onde ele pregava majestosamente, como disse meu irmão. Pois bem, meu irmão disse que Gilberto é bastante eloqüente. “Ele vai dentro do assunto”, disse. Fiquei impressionado com o que ele falou. Não é de se impressionar fácil. Quando crente, era acostumado a dar grandes mensagens de Deus. Uma das pregações que o impressionou foi quando o irmão Gilberto, pregando, fez uma analogia com o cervo fugindo do leão, e o Diabo, querendo derrubar o crente. Ao contar, isso a emoção foi grande nele. Dei graças a Deus por isso. Graças ao Pai por existirem servos que pregam a palavra. Outra coisa que esse evangelista contou também,  nunca mais meu irmão esqueceu. Sobre uma pessoa, não lembro se homem ou mulher, que o discriminou por não possuir curso de Teologia. Disse que ele não poderia nem assumir a classe de Escola Dominical. Que absurdo! O que sei é que Deus o exaltou em relação a isso. Não tem curso de Teologia – pode se que ele tenha se formado, não sei –, mas prega dentro da Palavra de Deus. Nunca mais esqueci quando ele, num dos Simpósios de Música em Casa Amarela, pregou no livro das Crônicas, na parte de genealogia. Explicou o significado dos nomes e pregou em cima disso. Só alguém com unção e poder de Deus na vida, poderia pregar daquele jeito. Graças a Deus por isso. Que mensagem! Não é do tipo arrogante, segundo dizem. Também é um dos valentes do pastor Aílton aqui em Recife, o qual muito se entristeceu com sua ida para a Argentina. Fiquei estarrecido com o que falaram dele ao pastor Aílton quando este queria colocá-lo num lugar de honra. Disseram barbaridades a respeito dele. Acusações terríveis, que me fizeram pensar que essas pessoas que o acusaram sejam verdadeiros joios no meio do rebanho de Deus. Esse irmão disse uma vez que sofreu muito, dormiu até na rua, desprezado pela família por ser evangélico. Tinha só uma única roupa no corpo, um só sapato, furado. Deus então falou para ele que tinha uma obra muito grande em sua vida, que iria chegar um tempo que ele iria causar espanto. E tudo se cumpriu na vida dele. Glória a Deus. Há uma coisa comum entre eles: Todos sofreram muito antes de serem chamados para o ministério e o campo missionário. Deus preparou todos eles, pois só envia os melhores.

Que Deus continue levantando outros como esses, para que a Sua obra sempre esteja crescendo. Precisamos disso. Creio que esse seja o desejo de todos nós. Eu mesmo nunca esqueci esses três irmãos. Grandes pregadores da Palavra, que fazem lembrar os anos oitenta, na época “áurea” de nossa igreja– não que estamos em decadência, ao contrário, estamos no auge –, quando os pastores Gesiel Gomes, Napoleão Falcão e Hidekazu Takaiama, pregavam muito por aqui. Esses também pregam bastante. Aos poucos, estão surgindo alguns assim em Pernambuco . O mais conhecido deles na área de Nova Descoberta, e agora em Recife, é Gesiel Soares. Lembra Gilberto Diniz pregando, mas o estilo é diferente. O que os aproxima é a maneira comedida no falar. Que nunca haja na igreja um vazio de homens assim, que sempre aja uma boa safra.


































































































































2 comentários:

  1. boa observação mas porque anos oitenta foram os aureos??? hoje não é melhor???

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  2. Pelo fato daquela efervescência espiritual, de tudo que aconteceu, pelos milagres, pelas grandes mensagens que essespregadores citados davam nos cultos festivo...

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